sábado, 2 de abril de 2011

Rede Social
 Solange Rejane Sá
Universidade Vale do Acaraú (UVA-CE)        

    Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. Uma das características fundamentais na definição das redes é a sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes. Redes não são, portanto, apenas outra forma de estrutura, mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente.
                 As redes sociais podem operar em diferentes níveis, como, por exemplo, redes de relacionamentos (Facebook, Orkut, Myspace, Twitter, Tymr), redes profissionais (Linkedin), redes comunitárias (redes sociais em bairros ou cidades), redes políticas, dentre outras, e permitem analisar a forma como as organizações desenvolvem a sua actividade, como os indivíduos alcançam os seus objetivos ou medir o capital social – o valor que os indivíduos obtêm da rede social.
                Um ponto em comum dentre os diversos tipos de rede social é o compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns. A intensificação da formação das redes sociais, nesse sentido, reflete um processo de fortalecimento da Sociedade Civil, em um contexto de maior participação democrática e mobilização social.
                 A ideia de rede social começou a ser usada há cerca de um século atrás, para designar um conjunto complexo de relações entre membros de um sistema social a diferentes dimensões, desde a interpessoal à internacional. Em 1954, J. A. Barnes começou a usar o termo sistematicamente para mostrar os padrões dos laços, incorporando os conceitos tradicionalmente usados quer pela sociedade quer pelos cientistas sociais: grupos bem definidos (ex.: tribos, famílias) e categorias sociais (ex.: género, grupo étnico).
                 Académicos como S.D. Berkowitz, Stephen Borgatti, Ronald Burt, Kathleen Carley, Martin Everett, Katherine Faust, Linton Freeman, Mark Granovetter, David Knoke, David Krackhardt, Peter Marsden, Nicholas Mullins, Anatol Rapoport, Stanley Wasserman, Barry Wellman, Douglas R. White ou Harrison White expandiram e difundiram o uso sistemático da análise de redes sociais.
                  Em teoria, na estrutura das redes sociais os atores sociais se caracterizam mais pelas suas relações do que pelos seus atributos (gênero, idade, classe social). Estas relações tem uma densidade variável, a distância que separa dois atores é maior ou menor e alguns atores podem ocupar posições mais centrais que outros. Este fenômeno é explicado por alguns téoricos apontando a existência de laços fortes e fracos e a dos buracos estruturais onde se encontram os atores que não podem comunicar entre si a não ser por intermédio dum terceiro.
                     No estudo da estrutura das redes sociais é necessário incluir as relações de parentesco de seus membros, redes sociométricas, capital social, redes de apoio, de mobilização, interconexões entre empresas e redes de política pública




                                    O que são Redes Sociais?
                  A Internet está se tornando um modo de vida. Milhares de usuários da internet são membros de uma ou mais redes sociais. Segundo o site Wikipédia, são relações entre os indivíduos na comunicação por computador. O que também pode ser chamado de interação social, cujo objetivo é buscar, conectar pessoas e proporcionar a comunicação e, portanto, utilizar laços sociais.  Mas e quais são as redes sociais na Internet? Resposta simples: redes sociais na Internet são as páginas da web que facilitam a interação entre os membros em diversos locais. Elas existem para proporcionar meios diferentes e interessantes de interação.

                     As 10 Maiores Redes Sociais do Mundo:


1º. Facebook – 1.191.373.339 por mês             
2º. MySpace – 810.153.536
3º. Twitter – 54.218.731
4º. Flixster – 53.389.974                              
5º. Linkedin – 42.744.438                                  
6º. Tagged – 39.630.927
7º. Classmates – 35.219.210
8º. My Year Book – 33.121.821
9º. Live Journal – 25.221.354
10º. Imeem – 22.993.608



        




               A importância das redes sociais para as empresas na atualidade
             Imagine milhões de potenciais consumidores reunidos em um espaço para troca de informações, ideias e conceitos. O seu público alvo a alguns cliques de distância, e o seu produto anunciado de uma forma instantânea e efetiva. O resultado que as mídias tradicionais proporcionavam por um alto custo, as novas mídias online estão superando. E o melhor de tudo: a um custo bem menor.
             As mídias sociais se tornaram um verdadeiro fenômeno. Blogs, Orkut, Facebook, Twitter, fóruns, e-groups, instant messengers, wikis e sites de Sharing (YouTube, Flickr) são visitados diariamente por 2/3 da população global. No Brasil, 80% dos usuários da rede usam as mídias sociais, e o tempo gasto nos sites de relacionamento tem crescimento três vezes superior à média da internet. As pessoas buscam nas mídias sociais um espaço para compartilhar experiências, encontrar pessoas e aumentar suas redes de contato. Surgiram comunidades de diversos assuntos, agrupando usuários por gostos, opiniões e interesses. Não demorou muito para as empresas descobrirem que essas redes poderiam ser uma forma eficiente e rápida para divulgar sua marca e ainda estreitar a relação com os clientes.
             Um estudo feito em setembro de 2008 pela empresa americana Cone INC. (Business in social media study) constatou que 93% dos usuários de mídias sociais acreditam que as empresas deveriam estar nessas redes, e 85% acredita que estas empresas devem não só estar nas redes sociais, mas também interagir com seus clientes. A Petrobrás, a Claro e a IBM criaram blogs corporativos. A Dell, a Samsung, a Starbucks e a Ford aderiram ao microblog Twitter para manter os clientes informados de suas novidades. As pequenas e médias empresas também estão descobrindo as vantagens da rede. Seus produtos e serviços são divulgados mundialmente a milhões de consumidores cada vez mais interessados.
              As empresas utilizam essa estratégia de marketing para tornar a marca mais acessível aos seus clientes, inserindo-a no dia-a-dia do seu consumidor, e informá-los de todas as atualizações, desde os lançamentos de produtos até promoções e ofertas. Torna-se uma forma interativa, e em tempo real, de estar em constante contato com o cliente, que pode dar suas sugestões e fazer suas reclamações. Entre as vantagens está o feedback imediato da aceitação do produto e da marca. É possível dizer que as mídias sociais tornaram as relações entre empresas e clientes, que antes eram estritamente comerciais, em relações sociais.

 Psicologia Organizacional
Solange Rejane Sá
Universidade Vale do Acaraú (UVA-CE)                        

RESENHA



Textos:

        “A natureza humana: Por que é tão difícil compreendê-la?”
            “Hipóteses gerenciais referentes à natureza humana.”

             Os textos fazem uma abordagem de uma visão geral e bem ampla sobre algumas teorias, hipóteses e estudos que surgiram no decorrer da história, para explicar e definir a natureza humana e tentar compreender o comportamento das pessoas nas organizações com o objetivo de melhorar as relações entre empregados e patrões e também para aumentar a produtividade nas empresas.
            O Psicólogo Organizacional procura desenvolver um conceito da natureza humana, a fim de proporcionar aos empresários algumas idéias para ajudá-los a se relacionarem melhor com seus funcionários. O psicólogo organizacional busca na teoria da motivação a explicação para o comportamento das pessoas nas organizações e assim definir alguns parâmetros para se compreender melhor a natureza humana.
             Para se compreender a motivação e o comportamento humano é preciso desenvolver um conjunto de hipóteses sobre as pessoas, e situar esses hipótese num contexto sociológico /situacional e desenvolvimental.
 Sociológico/situacional – os serem humanos, numa determinada situação, agem de acordo com o significado que essa situação tem para eles. Não se consegue realmente compreender que tipo de situações representam ameaça a dignidade de uma pessoa sem que se considere a perspectiva situacional e sociológica, sem que se estudem as normas e valores de determinada pessoa dentro do seu grupo.
 Desenvolvimental - as necessidades, os valores e as normas mudam de acordo com a evolução da sociedade, da organização e também do indivíduo (Sheir, 1978, Hall, 1976). Os padrões de motivação são influenciados também por uma perspectiva organizacional, ou seja, o modo como os empregados são tratados pela empresa, os tipos de normas e valores, os tipos autoridade e poder exercidos.
                 A teoria da contigência surgiu como uma das soluções para o problema de se definir a natureza humana. Nessa teoria tudo depende tudo é relativo, para cada empresa há uma maneira de se administrar, tudo depende da situação, as atribuições administrativas deverão ser tomadas de acordo com o momento, diferentes tipos de organização dependem de diferentes tipos de autoridade e de poder e que isso torna o tipo de desenvolvimento que seus membros passam a ter.  
                Para entender como as organizações funcionam, é preciso compreender como funcionam as pessoas nessas organizações, com essa intenção surgiram três principais e diferentes conjuntos de hipóteses , através de experiências nas empresas onde os estudiosos no assunto observaram o comportamento das pessoas dentro da organização:
         1- Hipóteses Racionais-econômicos: Essas hipóteses baseia-se na filosofia do hedonismo onde relatam que as pessoas agem para atender ao máximo aos seus interesses pessoais. Douglas McGregor criou, em 1960, duas teorias que ficaram conhecidas com Teoria X e Teoria Y. A Teoria X faz generalizações e simplificações exageradas sobre a natureza humana e a Teoria Y tem uma visão mais idealista.
             As hipóteses racionais-economicas classificaram os seres humanos em dois grupos: a massa indigna de confiança motivada pelo dinheiro e a elite digna de confiança, moral, mais motivada, que deve organizar e dirigir a massa. Ou seja, o primeiro  grupo são os empregados e segundo grupo os padrões.
          2- Hipóteses Sociais: Nessas hipóteses dois estudos clássicos mostram, pela primeira vez, a importância dos motivos sociais na vida organizacional.
            Os estudos de Hawthorme chamam a atenção para o fato de que ser aceito e estimado pelos companheiros de trabalho é mais importante do que os incentivos econômicos oferecidos pelas empresas (Roethlisbenger e Dickson, 1939; Homans, 1950). Esses estudos foram realizados com um grupo de mulheres que fazia a montagem de equipamentos telefônicos na fábrica de Western Eletric Company, de Hawthorne, no final de 1920. Nesses estudos o psicólogo industrial evidenciou a importância do fator social e do trabalho em grupo e foi importante também para a redefinição da psicologia industrial como psicologia social industrial.
            Os estudos de Tavistock Institute serviram para mostrar estudos realizados por Eric Trist e seus colaboradores que observaram os efeitos em minas de carvão, de uma mudança tecnológica que consistiria na instalação de equipamento mecânico de corte de carvão e esteiras rolantes. A modificação rompeu a organização social dos operários e o novo sistema mecânico não funcionou como esperado, pois separaram as equipes de operários que trabalhavam juntos. Além das tensões emocionais que provocaram a ruptura dos relacionamentos dos grupos, vieram outros problemas relacionados à qualidade trabalho. Somente com o auxílio de cientistas sociais, a indústria conseguiu superar as dificuldades criadas, restaurando a organização social e formal. Nesses estudos verificou-se que os fatores sociais e grupais tinham grande significado na relação com o absenteísmo, com a qualidade do serviço prestados e que as necessidades sociais são o motivador do comportamento humano, e os relacionamentos interpessoais são o modelador do sentimento de identidade.
                     Uma das principais consequências das hipóteses sociais foi o movimento das relações humanas, tentativa de treinar supervisores a terem mais consciência das necessidades sociais dos funcionários.
             3- Hipóteses da Auto-realização: McGregor (1960), Argryis (1964) e Maslow (1964), sustentaram a ideia de que os trabalhadores eram alienados porque o trabalho que executavam não lhes permitia de modo mais produtivo. McGregor formulou então um conjunto novo e mais complexo de hipóteses a respeito da natureza humana que passa a chamar de Teoria Y. Nessa teoria verificou-se que o homem precisa ter um trabalho para auto-realização profissional. O desafio de resolver um problema, em certo sentido, controlar-se e desenvolver-se é a essência da auto-realização.

                  Auto-realização é a busca de autonomia, desafio, evolução e pleno uso das capacidades e talentos próprios.
              
                  Cada uma dessas teorias e hipóteses estudadas nesses dois textos são muito importantes e trazem perspectivas sobre a natureza humana. Importante salientar o trabalho do psicólogo organizacional como fator indispensável para a compreensão das atitudes e reações das pessoas nas organizações e como isso afeta na sua vida em sociedade. Porém o estudo sobre a natureza humana é muito complexo e ainda está longe de ser totalmente definido, pois as mudanças na sociedade afetam direta e profundamente o comportamento humano, como também seus interesses e até com suas necessidades. As necessidades básicas continuam existindo e se tornam mais amplas, pois é da natureza humana adaptar- se às mudanças da sociedade, do mundo globalizado e suas tecnologias.